guerri reflete erros da FURIA no VALORANT: “Fizemos o que tinha que fazer”
Agora, com um time mais estrangeiro do que brasileiro no VALORANT, a FURIA entra em uma nova fase. A organização aprendeu com os erros do passado e quer mudar esse panorama negativo na modalidade a partir da próxima temporada competitiva do jogo. Assim opinou o diretor de esports dos Panteras, guerri, em entrevista exclusiva ao THESPIKE Brasil (veja em vídeo ao final desta reportagem), quando perguntado sobre uma possível preocupação com resultados ruins no FPS da Riot Games.
“É engraçado, porque toda vez que a gente monta um projeto, a gente sai muito satisfeito ali da montagem. Então, a gente sempre tem uma conexão do capitão com o treinador, do jogador com outro jogador, a experiência e a maturidade com jogadores mais jovens, sempre tem porquês ali, você sempre consegue explicar os porquês, de todas elas no passado. E não foi diferente com o VALORANT. A gente tinha conexão; toda hora que vazava, cada temporada que a gente começava, todas as vezes era a mesma coisa: ‘Agora a FURIA vai, vai dar certo, faz sentido o projeto’. De fato, quando eu penso em projeto, a gente fez o que tinha que fazer. A gente apostou no Brasil como a gente queria apostar. A gente queria continuar com o máximo de jogadores brasileiros possível. A gente teve algumas infelicidades e algum azar em relação à imigração, ao processo acabar travando em momentos difíceis, onde a gente não conseguiu colocar o máximo de potência para cada lineup”, justificou guerri.
“Não me arrependo de nada, todas as pessoas que passaram tenho um carinho muito grande, mas chegou a hora da gente mudar no sentido de tentar com pessoas diferentes, com outra mentalidade, e juntar um pouco o Brasil com outras regiões. Então, a FURIA é um clube que, o mais importante para a gente, é levar a alta performance e o Brasil para todo lugar que a gente vai. E hoje a gente vai fazer isso com esse time. E tenho certeza que não é só em relação ao passaporte, é muito mais o quanto a gente continua próximo do público, o quanto a gente continua representando o Brasil, e é isso que eu quero mostrar nessa nova temporada. Então, não tem nada assim que eu deveria ter mudado; as coisas acontecem do jeito que devem acontecer. A gente aprende e evolui com tudo que acontece. E eu estou muito feliz em estar indo por esse caminho agora e espero que a gente consiga trazer um pouco do que a gente já conseguiu fazer em outras modalidades aqui na FURIA para o VALORANT, que é um jogo que tem tanto amor aqui no Brasil, e a gente aqui na FURIA também gosta demais. A gente quer ver a nossa bandeira, o nosso logo lá em cima”, completou.
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A FURIA, inclusive, promete um novo momento no VALORANT com a lineup estrangeira. E muito disso tem relação com guerri que, segundo ele, se aproximou mais do processo de montagem deste elenco do que em comparação com os anteriores.
“Olha, eu me conectei com as últimas duas lines, nas últimas duas temporadas eu me conectei, mas sem dúvida nenhuma essa de agora foi a que eu mais me conectei. Então, eu fiquei em Los Angeles por quase dois meses, eu vivi a rotina. Eu entendi quais eram as dores, eu entendi como funcionavam as coisas, como funcionam os jogos lá na Riot, eu entendi a mentalidade dos jogadores, eu conversei com muito jogador gringo. Então, de fato, essa é a que eu mais me envolvi, mas eu também me envolvi nas outras. Mas eu acho que é mais o volume de tempo que eu gastei; nesse foi muito mais, sem dúvida nenhuma. Então, desde a parte de scout, eu vivi muito essa vida de performar pelo mundo inteiro, então eu consigo falar muito a língua do jogador, consigo entender as coisas que eles falam. Então, essa minha experiência, meu histórico sendo treinador e jogador, jogando CS desde 2001, me ajudou muito nesse processo. E, de fato, ter colocado muito mais tempo para garantir que eu vou conseguir esse barco num caminho... é difícil você prometer resultado, mas eu prometo que a gente está num caminho hoje melhor do que a gente já esteve, e é esse direcionamento que eu quero ter, de evolução, de um caminho bacana para que todos possam se desenvolver muito bem. E eu acho que a gente tá com um grupo bacana para fazer isso. Então, sim, me envolvi mais, sim”, revelou o diretor de esports.
Mas, afinal, até onde pode chegar essa nova FURIA versão gringa? De acordo com guerri, não é possível prometer títulos, mas sim resultados positivos. Além disso, o diretor também complementou que quer uma conexão entre os estrangeiros e a torcida porque o modelo é “100% brasileiro”.
“Primeiro que eu sou um cara muito positivo. Eu não vou ficar pensando em nenhum resultado negativo. A gente montou o projeto para a gente ter resultados positivos. De novo, eu não posso prometer título, mas a busca é sempre por título, o nosso desejo é por título. A gente viu que a gente teve um processo árduo aí em outras modalidades até chegar ao tão sonhado levantar o título. Então, a gente é brasileiro de raiz, de cultura, de público, de como a gente lida com o dia a dia, de como a gente fala com os nossos jogadores. O molodoy no CS praticamente já é um brasileiro. Então, a nossa cultura é essa. Apesar de a gente estar indo para uma internacionalização, o modelo é 100% brasileiro. Não é de agora, sempre foi, sempre vai ser. Então, eu conto muito com a torcida brasileira, que quer ver a FURIA lá no topo. Tem muita gente que torce pelo Brasil, e a FURIA é uma organização brasileira. A gente está fazendo isso simplesmente porque a gente quer entregar a performance que o público brasileiro merece. Então, de novo, eu tenho certeza que a nossa torcida vai se apaixonar pelos caras. Eles são caras que têm uma história muito bacana, têm identidade com o Brasil e querem o Brasil”, concluiu.
▶ Confira a entrevista completa com guerri em vídeo:
Essa foi a segunda parte da entrevista com guerri. Veja aqui a primeira.
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