Nyang: “Maioria das pessoas no VALORANT não faz nem o básico”
A FURIA anunciou uma reformulação completa no de VALORANT para 2026, com a internacionalização da equipe como principal mudança. Em reação à entrevista exclusiva do THESPIKE Brasil com guerri, head de esports da organização, o caster Guilherme "Nyang" Coelho definiu a escolha dos Panteras como natural diante das limitações do cenário brasileiro.
“Eu acho que a FURIA entendeu, depois de todos esses tryouts, que jogadores do tier 2 do NA parecem estar mais desenvolvidos individualmente do que jogadores do tier 2 do Brasil. Depois de apostarem em jogadores do tier 2 no Brasil por quatro anos seguidos, apostar em jogadores do tier 2 do NA pelo menos uma vez vale a pena; vale o teste”, opinou Nyang em vídeo divulgado no YouTube.
“Quando a gente para pra pensar em um alym da vida — e quando eu falo em 'estar mais desenvolvidos', é pela exposição, pela mentalidade, até pela dedicação. Eu falo bastante para vocês sobre como, no meu ponto de vista, o cenário de esportes em geral na comunidade brasileira é um problema. Enquanto lá eles são criados com a mentalidade de serem atletas, no Brasil a gente não tem essa mentalidade. O cara é bom no joguinho, e agora, com 17 anos, ele começa a ter responsabilidades de alguém que deveria saber ser atleta, deveria saber ser um atleta de alto nível”, completou.
LEIA MAIS
O caster também apontou diferenças no investimento e na infraestrutura entre regiões. Segundo Nyang, nos Estados Unidos e em outras regiões estrangeiras, jogadores já chegam ao competitivo com vivência em outros esportes e jogos, enquanto no Brasil há lacunas no treinamento, na disciplina e nas rotinas profissionais de um atleta de esports.
“Enquanto isso, a gente vê vários outros jogadores lá de fora que já competiram em outros esportes, já competiram em outros jogos; eles vivem isso há muito tempo. Tanto que dá para fazer um paralelo com o investimento que as faculdades fazem em relação aos sistemas de esportes. No Brasil, não tem isso. Aqui, a molecada que vira profissional é: 'Ah, era bom, caiu ali e virou pro'. Então não sabe treinar, não sabe se alimentar, não sabe dormir direito, não sabe revisar os treinos, não sabe fazer uma VOD review, não sabe escutar os outros dentro do time, não sabe respeitar hierarquias dentro de uma equipe”, avaliou Nyang.
“Particularmente, tudo que eu estou ouvindo dentro do VALORANT nos últimos anos me faz achar que a galera do NA está na frente nisso, sim, e são poucos do Brasil que se destacam no meio dessa multidão, tipo o Sato. Só que, mais uma vez, esse é o melhor momento para você fazer o básico e se destacar por fazer o básico, porque a maioria das pessoas no VALORANT e na vida em geral não faz nem o básico”, concluiu.
Com a internacionalização do elenco, a FURIA inicia a temporada apostando em novos talentos e mantendo apenas algumas peças brasileiras: Gianfranco "koalanoob" Potestio, Torogul "alym" Baidyldaev, Michael "nerve" Yerrow, Daniel "eeiu" Vucenovic e Arthur "artzin" Araujo. Já a comissão técnica segue a mesma que terminou a última temporada, com o coach Ian "shaW" Jardim e o assistant coach Lucas "Kamino" Kamino.
Para ficar por dentro de tudo o que acontece no VALORANT no Brasil, siga o THESPIKE Brasil no X/Twitter e no Instagram!
Últimas Notícias
Comentários
vct 2023
Para todas as informações sobre o VCT 2023, verifique nosso VCT Hub. Lá você encontrará nosso FAQ para responder a todas as suas perguntas e detalhes sobre as equipes, diferentes ligas e muito mais