Ex-CEO da G2 ataca fãs brasileiros e sai em defesa de amy

A polêmica a respeito de um emoji de macaco segue dando o que falar na comunidade brasileira e internacional de VALORANT. Desta vez, o ex-CEO da G2 Gozen, Ocelote, fez uma série de publicações nesta quarta-feira (26) no X (antigo Twitter) e saiu em defesa da jogadora Amy "amy" Lai, jogadora do time inclusivo da organização europeia e que foi a autora da postagem com um emoji de macaco logo após citar o MIBR.

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Em uma das publicações, Ocelote afirma que amy é uma “mulher bem-intencionada” e que ele não é como “os viados com quem vocês [fãs brasileiros] lidam no jogo”. Além disso, o também ex-fundador da organização chamou os fãs brasileiros de VALORANT de “hipócritas” e “retardados cheios de estrogênio”.

“A ação conjunta de fãs brasileiros de esports contra uma mulher bem-intencionada [amy] representa perfeitamente a doença mental e a mentalidade de vítima eterna de muitos fãs de esports. Eu não sou como os viados com quem vocês [fãs brasileiros] lidam no jogo. Deixem a mulher em paz. Amadureçam, tornem-se adultos emocionalmente equilibrados e parem de agir como atiradores em escolas. Esses retardados cheios de estrogênio acham que podem me fazer desistir de espantar os animais de uma pobre garota”, afirmou Ocelote.

“Onde está agora todo o pessoal que defendia a "proteção às mulheres"? Difícil de conciliar, né? Hipócritas. Teria sido mais apropriado apoiá-la se ela não fosse branca e fosse LGBTQIA+? Que antro de imundície”, completou.

Só que, antes de realizar a sequência de publicações, Ocelote ironizou a situação ainda por meio das redes sociais. Ele, no caso, usou o próprio emoji de macaco em resposta a usuários brasileiros que contestaram o teor da postagem de amy.

Ex-pro player de League of Legends (LoL) e fundador da G2, Ocelote era CEO da organização quando foi afastado do cargo após publicar um vídeo ao lado de Andrew Tate, criador de conteúdo investigado por uma série de crimes e bandido das redes sociais por comentários preconceituosos. O caso aconteceu em 2022.

Na mesma época, Ocelote foi suspenso pela Riot Games de ocupar qualquer cargo gerencial ou operacional com uma organização parceira da própria publisher. A suspensão teve duração de um mês e aconteceu justamente depois do vídeo divulgado por Ocelote ao lado de Andrew Tate.

De lá pra cá, Ocelote está completamente afastado da G2 e não tem mais nenhum cargo na organização. Nas próprias redes sociais, ele cita a G2 apenas na própria descrição do perfil no X, quando se autodenomina “rei dos jogos”.

➡ Entenda o caso entre amy e MIBR

Pouco tempo após a derrota da G2 para a Team Liquid Brazil na manhã desta quarta-feira (26), amy fez uma publicação no X (antigo Twitter) e usou um emoji de macaco após mencionar o MIBR, que será justamente o próximo adversário da G2 no VALORANT Champions Tour 2025 - Game Changers Championship. A repercussão negativa após uma série de comentários de usuários brasileiro fez com que a jogadora apagasse a publicação cerca de cinco horas depois de publicar.

Em um novo post ainda por meio do X (antigo Twitter), ela afirmou que "não fazia ideia do contexto por trás do emoji" e que "jamais desrespeitaria a comunidade brasileira de VALORANT intencionalmente". É importante contextualizar que, independentemente da intenção, o uso de um emoji de macaco após citar um time brasileiro dá margem para a interpretação de racismo. Até o momento da publicação desta reportagem, a G2 e a Riot Games não se pronunciaram sobre o assunto.

No servidor, o confronto entre MIBR e G2 está marcado para esta quinta-feira (27), às 5h (horário de Brasília). O duelo é eliminatório e agora, com a repercussão da publicação no mínimo polêmica de amy, terá ainda mais peso.

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