Saadhak explica ida à KRÜ: “Era o momento de voltar ao LATAM”
Matias "Saadhak" Delipetro, enfim, está de volta ao VCT Americas. Depois de atuar na última temporada pela Karmine Corp no VCT EMEA, o jogador decidiu fechar com a KRÜ Esports. Mas o que levou ele a tomar essa decisão? Em entrevista exclusiva ao THESPIKE Brasil (confira em vídeo ao final desta reportagem), o ‘manito’ explicou que gostaria de realizar o desejo de atuar e conquistar um título de VALORANT por uma organização argentina.
“Eu senti que era o momento de voltar para esse lado latino-americano, sabe? Não que o Brasil não seja América Latina, mas eu acho que a KRÜ, pelo fato de ser argentina, me dá uma aproximação maior com a minha cultura também. Então, pra mim, foi uma opção óbvia para voltar para as américas, sabe? Meu objetivo agora: eu já ganhei basicamente tudo no VALORANT, agora eu só quero ganhar as coisas novamente com uma organização da Argentina, sabe? Quero dar um título pro meu país, quero dar um título pra galera do LATAM, realmente. Mas não significa que não vai ter uma mão brasileira por trás. Temos alguns integrantes brasileiros. Então, essa ponte nunca vai ser quebrada”, disse Saadhak.
LEIA MAIS
- KRÜ anuncia nova lineup com Saadhak, Less, mwzera e mais
- KRÜ anuncia nova lineup academy com dois brasileiros
- MIBR elimina KRÜ do Game Changers Championship 2025
↪ União Brasil e LATAM
Além disso, Saadhak ainda justificou que a ida para a KRÜ também tem o objetivo de ajudar a melhorar a imagem da organização argentina no Brasil. Ele ainda fez questão de enaltecer que o país e a região latino-americana, como Argentina e Chile, precisam ser mais unidos no jogo.
“Estar aqui também é por isso: é para reconstruir a imagem que a KRÜ está tendo com o Brasil. Todos sabemos que não é uma imagem muito favorável, e estou aqui para mudar isso justamente. Eu quero que a galera do LATAM e a galera do Brasil entendam que a gente realmente somos irmãos, sabe? A gente conquistou o mundo juntos, ainda tem muita luta, muita briga entre o LATAM e o Brasil, ou o Brasil com outros países do LATAM, enfim, sempre coisas não muito positivas. Então, minha escolha pela KRÜ foi para mudar um pouco isso também. Se a gente for longe demais em um campeonato, se a gente arregaçar, ganhar uma Champions, que a gente faça isso juntos, Brasil, Argentina e Chile”.
↪ Influência no time
Em relação à influência na montagem da nova lineup da KRÜ, Saadhak assumiu que teve poder na seleção dos jogadores, mas que isso aconteceria em qualquer organização independentemente de quem o contratasse. Ainda segundo o jogador, o fato de ele falar fluentemente três línguas diferentes também gerou uma maior variedade de opções de times para a organização argentina.
“Cara, eu acho que em qualquer time eu teria minha voz, né? De falar: ‘Não, eu acho isso aqui muito bom, isso aqui muito ruim’. Eu acho que qualquer time teria espaço. Só que, para mim, o diferencial da KRÜ foi que a gente tinha um pool de talentos muito maior, porque conseguimos testar jogadores que falam espanhol, jogadores que falam português, jogadores que falam inglês. Então, eles realmente abriram muito a mão para dizer: ‘Ok, que tipo de projeto a gente quer montar com você?’. Sabe? Porque esse também é o positivo que eu dou para um time: eu consigo falar espanhol, português e inglês, então o projeto, quando você tem um IGL assim mais flexível, o projeto fica mais flexível”, afirmou o jogador argentino.
“A KRÜ só me deu essa flexibilidade. Eles me falaram: ‘Vamos fazer tryouts, vamos fazer muitos tryouts e queremos sua opinião sobre os jogadores com quem você quer jogar’. E realmente isso foi o que aconteceu, porque a gente fez muitos tryouts, testamos muitos talentos. Realmente, ficou tranquilo saber que talentos do Brasil têm muito, muito, muito, e tem muitos talentos do LATAM também”, completou.
↪ Polêmica com keznit
Só que, antes de ser anunciado pela KRÜ, Saadhak se envolveu em uma polêmica com keznit, que é considerado o nome mais idolatrado pela comunidade LATAM de VALORANT. Perguntado sobre uma pressão ainda maior por conta dessa questão, o novo IGL da organização argentina admitiu que pode acontecer, mas que já está acostumado. Ele ainda revelou que conversou com os companheiros de equipe para que isso não influencie neles.
“Como pressão, acho que todos nós temos pressão de ganhar, né? De dar resultados. Sempre vamos ter essa pressão. Acho que tudo o que é polêmica, fofocas, tudo isso, eu sou um cara bem mais tranquilo com esse quesito. Não é a primeira vez que falo alguma coisa errada ou outra, e realmente nunca me afetou. Já conversei com o time para que isso [polêmica com keznit] não afete o grupo também, porque pode ser uma pressão a mais, né? Ao mesmo tempo, estamos competindo. Literalmente, competir é pressão. Um pouco mais, um pouco menos, não deveria fazer diferença, sendo sincero com você. E, obviamente, vai ter muito fã ou torcedor esperando que a gente jogue mal ou perca um confronto para comentar. Sempre acontece. Fui campeão do mundo, perdemos um confronto e acontecia [isso]. Então não espero outra coisa. Acho que estamos há muito tempo nesse rolê, sabemos como funciona. As coisas são assim: tem que jogar, tem que ganhar. Pressão vai ter sempre. Eu não me sinto nem mais nem menos pressionado. Sempre sinto a mesma quantidade de pressão: performar bem, ter um time bem estruturado, não perder; e se for perder, não perder de um jeito horroroso e triste. Porque vamos perder como um time bem estruturado, com uma ideia dentro do servidor. E, como sempre, ganhar: levar troféu, vencer e calar os haters”, opinou Saadhak.
↪ Expectativas: títulos?
E as expectativas dessa KRÜ ‘versão Brasil’? Para Saadhak, o time não chega entre os melhores porque tem outros que já estão mais tempo juntos, mas há a esperança de “grandes coisas” desde que todos se dediquem ao máximo para isso.
“Pelo fato de que a gente está com um time bom, que tem boa mira, eu realmente espero grandes coisas da rapaziada. Estou botando pressão neles. Já estavam falando isso para ter um bom rendimento. Eu acho que a gente chega bem, não os melhores, porque tem o fator de ser um time novo. Querendo ou não, os times que já têm um tempo, você vê a G2, que se mantém, enfim, tem alguns timezinhos aí que se mantêm, a NRG, que acabou de ser campeã. Esses times vão ser difíceis, obviamente, por estarem muito tempo juntos. A sinergia é muito maior entre eles. Mas, ao mesmo tempo, a gente vai com a cabeça de que dá para ganhar de todo mundo. A gente vai dar o nosso melhor e, como sempre, eu sempre fico feliz com o meu time. Quando a gente dá o nosso máximo, sabe? E, se a gente dá o nosso máximo o tempo todo, os resultados, cedo ou tarde, chegam. Então, sempre com uma atitude correta e dando o nosso máximo, vai dar certo. Essa é a expectativa do time”, concluiu.
▶ Veja a entrevista completa com Saadhak em vídeo:
Para ficar por dentro de tudo o que acontece no VALORANT no Brasil, siga o THESPIKE Brasil no X/Twitter e no Instagram!
Últimas Notícias
Comentários
vct 2023
Para todas as informações sobre o VCT 2023, verifique nosso VCT Hub. Lá você encontrará nosso FAQ para responder a todas as suas perguntas e detalhes sobre as equipes, diferentes ligas e muito mais