Tixinha: “Acho difícil conseguir ser o que o Gaules é para o CS”
Um dos nomes mais ativos do VALORANT brasileiro fora do servidor, Guilherme "Tixinha" Cheida tem construído uma trajetória em projetos que vão além do trabalho de streamer. Idealizador do Partner Series - Tixinha & Sacy Invitational, ele falou com exclusividade ao THESPIKE Brasil (veja em vídeo ao final desta reportagem) sobre as comparações com grandes criadores de conteúdo de outros jogos e opinou que há diferenças em relação ao isso no FPS da Riot Games.
“Eu acho muito difícil conseguir ser o que o Gaules é pro CS, ou o que o Baiano é no LoL. Eu acho que o VALORANT tem um cenário um pouco diferente e, ainda assim, é um patamar muito difícil de chegar, porque os dois são gigantes e fazem coisas há muitos anos. Mas eu acho que é um espaço que eu consigo ocupar, que eu consigo ter. É um espaço que eu gosto, de poder fazer esses projetos, de poder criar, de poder estar perto da comunidade. E, querendo ou não, a Riot é a dona do jogo, mas ela não consegue fazer tudo, literalmente tudo. Ela tem o foco dela e etc. Então existem gaps, existem espaços em que dá pra gente criar e fazer outras coisas. E acho que é aí que a gente tenta atuar, a gente tenta correr e criar os nossos projetos. Não falo pra você que o foco é ser igual ao Baiano ou ser igual ao Gaules, porque eu acho muito complicado e muito difícil, já que eles estão num patamar gigante. Mas é tentar ter um pouquinho do que eles têm, trazer pro VALORANT e poder representar a comunidade também, como eles representam os jogos deles”, afirmou Tixinha.
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↪ Sem copiar outros cenários
Apesar de parte da comunidade brincar com a ideia de que Tixinha seria o “salvador do cenário” ao movimentar o competitivo fora do calendário oficial, o streamer adota um discurso mais pé no chão. Longe de se enxergar com esse rótulo, ele afirma que atua por acreditar no crescimento do VALORANT brasileiro.
“Tem essa brincadeira, o pessoal fica falando ‘obrigado Tixinha’, agora ‘obrigado Sacy’ também, nessa questão de salvador do cenário. Muito do que eu faço, a maioria do que eu faço, é porque eu gosto, é porque eu quero ver o negócio funcionar, ir pra frente. E eu sei que eu quero viver disso também, eu quero viver desse cenário. Eu preciso que o cenário exista pra eu poder viver dele. Então eu preciso que o cenário prospere, preciso que as pessoas se deem bem, que consigam visibilidade e tudo mais. Acho que é um trabalho que eu preciso que funcione pra isso também me ajudar a continuar vivendo disso. Então não acho que seja salvar o cenário, mas o que eu puder fazer pra ajudar é algo que eu gosto e vou continuar fazendo”, afirmou o streamer.
↪ Vitrine para 2026
O Tixinha e Sacy Invitational teve a segunda edição e o terceiro campeonato organizado pelo próprio Tixinha, sendo que, neste ano, foi realizado presencialmente pela primeira vez. Segundo o caster, a proposta é que o torneio funcione como uma vitrine, e isso é o que o diferencia de competições como o CBOLÃO, torneio de League of Legends (LoL) organizado pelo streamer Baiano.
“A nossa ideia é tentar, ano que vem, fazer com público. Acho que está dando passinho de formiga. Primeiro foi online, agora já foi presencial, e o próximo passo é tentar fazer com público. Eu acho que o foco do Tixinha e Sacy Invitational é mais competitivo. O CBOLÃO é muito legal porque mistura line-ups famosas, antigas, streamers e tal. E aqui, a diferença que eu sinto do Tixinha e Sacy Invitational é mais apresentar as line-ups pra 2026, ter esse spoiler, a primeira vez que eles vão jogar. É mais como uma vitrine, uma porta de entrada do que vai ser o ano de 2026. Mas isso não quer dizer que a gente também não possa ir pro lado do entretenimento, não possa ir pro lado da brincadeira. A nossa ideia é continuar crescendo”, finalizou.
▶ Confira a entrevista completa com Tixinha em vídeo:
A história de Tixinha nos esports começou em 2013, quando iniciou como caster de campeonatos de League of Legends (LoL). Em 2021, ele migrou para o VALORANT, mas, após uma década dentro da Riot Games, decidiu encerrar o ciclo ao final de 2023. Com a mudança, o antigo caster passou a investir na carreira de streamer, com projetos próprios, transmissões ao vivo e watch parties.
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