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    DrakoNz desabafa sobre saída do VALORANT: “Saio derrotado”

    Escrito por Bruno Povoleri
    Atualizado emabril 3, 2025 at 10:00PM
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    Uma semana depois de anunciar a aposentadoria do competitivo de VALORANT, Igor "drakoNz" Fernandes decidiu falar mais sobre o assunto. Em entrevista exclusiva ao THESPIKE Brasil, o agora streamer e ex-pro player de Legacy e Grêmio Esports desabafou sobre a decisão que, segundo ele, foi motivada pelo “pouco investimento” no tier 2 do cenário brasileiro do jogo.

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    Além disso, DrakoNz também desabafou sobre a mudança no “estilo de vida” que precisou realizar quando decidiu focar unicamente no competitivo de VALORANT. Ele também deu mais detalhes sobre as questões financeiras que motivaram a decisão de se aposentar e assumiu o erro de “não ter investido” o dinheiro que conquistou ao longo da carreira como pro player e streamer de Fortnite.

    ⤿ Confira todas as respostas de DrakoNz no vídeo abaixo ou leia mais abaixo as principais respostas do ex-pro player na íntegra:

    • Quando essa decisão de se retirar do competitivo de VALORANT se consolidou na sua cabeça?

    “Eu não queria jogar esse ano. Desde janeiro ali, quando acabou a Legacy, foi um choque para mim. A maneira como a gente começou e como terminou, isso para mim foi bem triste e bem desgastante. Mas eu não queria jogar esse ano. Mas a minha namorada, por incrível que pareça, ela queria que eu continuasse porque ela sabe que é meu sonho. Competir sempre foi o que eu sonhei na minha vida e tudo mais. Então acabou que eu dei uma chance, montei um projeto junto com o rich, o maestr0, o kon4n e o PxS. Acabou que o projeto não foi muito para frente porque não conseguimos arrumar organização. E logo em seguida veio o convite do Grêmio. Eu fiquei bem feliz. Eu queria muito jogar. Só que, tipo, eu queria [jogar] mas não queria ao mesmo tempo, sabe? Por questões financeiras porque o cenário já não estava legal. A gente sabe das dificuldades que é jogar o tier 2 e tudo mais. Poxa, eu vim de um estilo de vida que eu tive que diminuir, tipo, mudar quase que por completo. Já estava meio complicado para mim, mas eu fui, encarei e me dediquei novamente mais por causa da minha namorada mesmo”.

    • Mudaria a decisão se o Grêmio tivesse vencido todos os jogos até aqui do VCB?

    “Não vou falar que as três derrotas lá que a gente teve não influenciaram. Eu estaria mentindo [se dissesse isso]. Isso influenciou sim [os resultados do Grêmio] por conta de eu ter que jogar Relegation, jogar repescagem e tudo mais para, depois, se manter para o próximo split. Isso influenciou bastante. Eu já tinha conversado com a minha equipe sobre as coisas que estavam acontecendo e tudo mais. Teve algumas questões de bastidor que acabou complicando mais ainda a situação que eu estava passando, mas aí as derrotas meio que vieram com a minha decisão. A gente estava conversando, na época, para eu poder jogar o último jogo [contra a RED Canids], só que, por decisão minha mesmo, gostaria de deixar o lowz - que estava vindo em uma fase muito boa, ganhando seu reconhecimento e tudo mais. Pensei em deixá-lo jogar para poder pegar casca de estreia, ainda mais contra a RED Canids, que é um time incrível. Então, acho que sim, as derrotas impactaram bastante nessa decisão”.

    • Até que ponto você acha que a sucateação do tier 2 do cenário brasileiro de VALORANT influenciou na sua decisão?

    “Para ser bem sincero mesmo, eu tentei de todas as maneiras conciliar com outras coisas para ver se eu podia continuar vivendo do sonho. Mas acabou que, o pouco investimento que tem [no tier 2 do cenário brasileiro de VALORANT], não é para pessoas do meu estilo de vida, da minha idade e tudo mais. A base de salários infelizmente não tem um teto. Isso acaba sendo complicado. Mesmo não tendo um teto, existem times aí que nem organizações têm. A gente pode pegar como exemplo a Vila do Zana, que está tendo uma boa fase aí e até agora nada. Não tem organização, não tem investimento, não tem nada. O complicado é essa parada de você estar se dedicando ali, oito, nove, dez, 11 horas do seu dia para chegar no final do mês e não ter um dinheiro para poder pagar suas contas, tá ligado? Para um moleque de 16, 17, 18 anos ali, isso aí para eles pode ser um dinheiro que é legal porque muitos moram com os pais, não têm tantas contas, não têm responsabilidades ainda. Mas, para mim já, é algo que já estava pesando muito, pesando muito, de complicar situações. Aí eu virei e falei: 'Cara, não está dando para mim e vai ser loucura se eu continuar'. Infelizmente o cenário do tier 2, hoje, eu sinto que de certa maneira foi bem abandonado. É até pesado eu falar isso, mas é a verdade. Porque, se você for comparar com o tier 1, os caras [Riot Games] liberaram cassino, que são grandes investidores aí, e o tier 2 nada. Você vê declarações do próprio Leo Faria lá de que é uma base [tier 2], não é para ser algo grande ou para a galera viver disso aqui. É só para relevar talento, um Academy, né, que foi a palavra que ele [Leo Faria] utilizou. É um Academy. Para eles é”.

    • Tem algo que você queira entrar em mais detalhes em relação aos problemas financeiros que motivaram sua decisão?

    “Eu tinha um estilo de vida diferente por conta do Fortnite — é um jogo que tinha bons salários, tinha um investimento muito grande da empresa [Epic Games]. E quando eu fui para o VALORANT, eu já percebi que já não poderia levar aquele mesmo estilo de vida. Já tive que ir mudando, mudando, mudando... Basicamente comprei minha casa, meu carro e essas coisas, mas acabei não investindo [o dinheiro]. Esse foi o meu erro: não investi meu dinheiro. Por não ter investido, o que eu recebia no começo do VALORANT, com a Legacy e tudo mais, era para pagar minhas contas. Quando acabou a Legacy e fui para o Grêmio, já não tinha o mesmo teto salarial. Isso começou a pesar, e a minha decisão de sair foi mais para poder não chegar num momento que eu falasse: 'Cara, e agora? O que eu faço?'. Porque eu não estava fazendo as minhas lives, não estava criando conteúdo, não estava conseguindo conciliar os dois muito por conta da responsabilidade que eu tinha dentro do Grêmio, de ser IGL. Então eu tinha que passar mais horas estudando o jogo, mais tempo me dedicando ao jogo, e acabava que eu não conseguia conciliar os dois. Isso acabou fazendo com que eu tomasse essa decisão antes de chegar em uma situação que ficasse mais complicado ainda”.

    • Você chegou até onde você poderia e cumpriu seu propósito no competitivo de VALORANT?

    “Não cheguei onde eu podia e não cumpri. Eu sei que eu tinha um potencial muito maior. Eu poderia ter ido muito mais longe. Eu poderia ter feito muitas coisas diferentes. Porém, por conta dessa questão de eu ter antecipado essa saída do cenário, foi uma das coisas que mais me pesou de eu me sentir que estou saindo derrotado, sabe? Estou 'givando' meu sonho por conta da vida adulta. A vida adulta está aí e eu preciso cuidar da minha vida, pagar minhas contas e tudo mais. Senti que eu estou saindo meio que derrotado, que poderia ter ido muito mais longe. Comecei o split [do VCB 2025] muito bem, por incrível que pareça. Nos últimos jogos, eu desempenhei um pouco abaixo do que eu posso. Algo que mexeu bastante comigo foi mais essa questão. Saí derrotado porque eu não posso fazer nada. Eu venho de uma família humilde, então acaba que eu não posso simplesmente virar para os meus pais e falar: 'Me ajudem aí, deixa eu ficar aí de boa, na casa de vocês, e viver meu sonho aqui ainda'. Tenho 28 anos, então, tenho minhas responsabilidades. Não posso simplesmente continuar vivendo meu sonho sendo que eu tenho a vida real aí para cuidar”.

    • Existe chance de voltar a competir no VALORANT? Você ainda tem esse desejo?

    “Existe. Estou saindo meio que derrotado porque simplesmente tive que 'givar' meu sonho. Jogar tier 2 não é o que eu queria. Todo mundo joga competitivo do VALORANT para estar entre os melhores. Enquanto eu não chegasse entre os melhores, eu não estava realizado. Queria conquistar títulos, queria jogar lá fora, queria viver as experiências todas que todos vivem. Já vivi uma vez e queria viver novamente. Mas, infelizmente, não deu. Se tudo mudasse da água pro vinho, sei lá, no meio do ano ou no começo do ano que vem, poderia [voltar a jogar]. Mas eu sei que isso não vai acontecer, por isso que eu sei que é definitivo. A esperança é a última que morre, mas eu estou 'givando' o sonho. Meu sonho vai existir até quando eu tiver condições de jogar, mas é isso”.

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    Bruno Povoleri

    Editor, mas nem sempre foi assim. Comunicador social e jornalista pela PUC-Rio. Especialista em VALORANT por acaso e, hoje, por paixão. Aquele que acredita que o jornalismo esportivo precisa ser jornalismo antes de ser esportivo.

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